domingo, 3 de março de 2013

1945 a 1956 - O Baião, O samba Canção, a Pré-Bossa.

1945 a 1956 - O Baião, O samba Canção, a Pré-Bossa.

O período que compreende os anos de 1945 a 1956 representa uma transição entre a tradição da MPB e a modernidade, com a convivência de veteranos da MPB, com artistas que iriam começar uma grande revolução musical chamada bossa-nova.
Duas modas marcaram o período: o baião e o samba-canção. O baião foi lançado no país inteiro pelo cantor e compositor pernambucano Luiz Gonzaga, e logo dominou as paradas, passando a fazer parte do reperório de artistas que nada tinham de nordestinos, como Dalva de Oliveira e Emilinha Borba. Já o samba-canção nada mais era que uma variante lenta e sentimental do samba, no qual os grandes representantes foram o compositor Antonio Maria e, principalmente, a cantora Nora Ney, que criou uma forma de cantar diseuse, que contrastava com as vozes potentes e extrovertidas de suas contemporâneas, e que influenciou cantoras da geração anterior, como Carmen Costa, que adotando o mesmo estilo, teve na década de 50 seu período de maior popularidade. Porém, como toda moda que se preze, esses dois estilos trouxeram uma avalanche de seguidores não tão talentosos quanto seus criadores, que acabaram por diluir e esgotar rapidamente as fórmulas.
Paralelamente, porém estreitamente ligada ao pessoal do samba-canção, surge uma geração de intérpretes que mais influenciados pela música americana que pela brasileira, iria começar um processo de suavização no estilo de cantar, tendo como os primeiros representantes os cantores Dick Farney e Lúcio Alves. Com o surgimento no Sinatra-Farney Fã Clube, outros artistas igualmente influenciados pelo jazz americano iria surgir, como os cantores Johhny Alf, Dóris Monteiro, Sílvia Telles e outros, que se tornariam os artistas que começariam a buscar uma modernização da MPB que viria desembocar anos mais tarde na Bossa-Nova.
Também é nessa fase que o rádio tem seu período de maior popularidade, com enorme sucesso dos programas de auditório de artistas como Ângela Maria, e as eternas rivais Emilinha Borba e Marlene.
Entre as cantoras, o período foi fértil, sendo que os principais nomes surgidos foram Elizeth Cardoso, Ângela Maria, Dóris Monteiro, Nora Ney, Sílvia Telles, Dolores Duran, Maysa e Helena de Lima

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